Sempre que nos referimos aos pioneiros de Iacri, devemos considerar que ao lado de um pioneirismo valoroso foi desbravamento da terra e com a implantação de culturas agrícolas e atividades pastoris, o que caracterizou nossos primeiros habitantes e perdura até os dias atuais, foi e continua sendo a fé inquebrantável em Deus, que deu ânimo a uma plêiade de valorosos homens, muitos de outras nacionalidades, que no seio acolhedor e generoso de nossas terras, através de um labor persistente, plantaram o futuro de nosso município, formando suas famílias no exemplo do trabalho árduo e abençoado do trato da terra.
Nada foi capaz, nem o desconforto, nem a falta de estradas, nem a falta de maiores recursos financeiros, de obter o pioneirismo iacriense já acostumado ao trabalho em outras plagas, na caminhada para o desenvolvimento e na formação de suas famílias, hoje espalhadas por todo o Brasil, embora uma pequena parcela resida em nossa cidade e até na zona rural. No dia 21 de junho de 1933, dia de São Luiz Gonzaga, padroeiro da cidade, estava ocorrendo a fundação do povoado de Iacri, através de seu fundador Sylvio de Giulli, nascido em Rovigo, na Itália, em 06 de janeiro de 1880 e que veio a falecer em 23 de fevereiro de 1946, em Iacri.
O município tem sua história ligada a abertura da estrada de ferro da Companhia Paulista, em 1935. Na época, o vizinho município de Bastos era uma fazenda de 12.000 alqueires, denominada FAZENDA Bastos, foco da produção algodoeiro, por motivo da imigração japonesa, que utilizava a estrada de ferro para o transporte da produção.
Nas primeiras décadas do século XX, uma firma imobiliária denominada Lélio Piza & Irmãos, era proprietária de terras à margem esquerda do Rio Aguapeí tendo essa grande extensão territorial recebendo o nome de Fazenda Guataporanga. Sylvio de Giulli, entusiasmado, pelo crescente progresso por que passava o vizinho município de Tupã (na época com 4 anos) fundou, em plena selva, uma cidade à qual deu o nome de Juliânia. Planificada pelo engenheiro Caruzzo, de Bririgui, e aberta pelo agrimensor Sebastião de Brito, foram chegando as primeiras famílias desbravadoras.
Comprovando isto, desde 1948 alcançava índices mínimos para tornar-se município. Porém, através de uma bem orientada campanha pró-município, e com a apresentação junto à Assembléia Legislativa do Estado de um memorial reinvidicatório farto de dados e provas inquestionáveis, onde o Distrito de Iacri, entre outros quesitos, despontava com uma população superior a 251 municípios já criados, inclusive 17 Comarcas e, em atendimento ao desejo do povo, manifestando-se no memorável Plebiscito de 26 de dezembro de 1958, tornou-se município pela Lei Estadual n° 5.285, de 18 de fevereiro de 1959, sendo solenemente instalado em 01 de janeiro de 1960.
Sylvio de Giull trocou o nome do povoado, denominando-o Jacri, em homenagem ao Cacique de Aborígenes locais, assim supostamente chamado. Pelo progresso que apresentava e pela Lei 2.284, de 12 de janeiro de 1937, Iacri era elevado à categoria de Distrito de Paz, sob a jurisdição do município e comarca de Birigui. Constatando-se logo depois que o verdadeiro nome do morubixada era Iacri e não Jacri, pelo Decreto 9.775 de novembro de 1939, o então Distrito passou a denominar-se Iacri e a pertencer ao Município de Tupã, Comarca de Pompéia.
Com a criação do Comarca de Tupã, em 1944, o Distrito de Iacri, já pertencente a Tupã, ficou também sob jurisdição da nova Comarca.
Origem do nome:
(Do caingangue, jakri) Iacri deriva do loteamento da fazenda Goataporanga, empreendido pela companhia imobiliária Lélio Piza & Irmãos, proprietária de terras à margem esquerda do rio Aguapeí, no começo do século XX. Quem adquiriu a gleba foi Silvio de Giulli e, em 1933, atraído pelo algodão que se produzia, com grande sucesso, ao longo de toda a Estrada de Ferro Paulista, decidiu ele se instalar, definitivamente em, sua fazenda, o que redundou no desenvolvimento de um povoado.
Como informa a prefeitura, o primeiro nome do lugarejo, (então pertencente ao município de Birigui) foi Juliana, uma referência ao sobrenome do dono das terras (Giulli); mas Juliana foi logo preterido por Jacri (antiga grafia de Iacri), que, por sugestão do próprio Giulli, homenagearia um conhecido cacique caingangue da região já falecido.
Consagrada, contudo, a homenagem, restaria o insólito: jakri significa muito a ver com qualquer outra realidade, além de ser o chão em que viveu o citado cacique. Ao se emancipar, Iacri pertencia ao município de Tupã.
Adjetivo pátrio - Iacriense.
Denominação promocional – “Terra Prodígio”.
Data da emancipação – 18/02/1959.